Riscos de Privacidade e Cibernéticos são maiores para as Pequenas e Médias Empresas
Aproximadamente 40% das PMEs (Pequenas e Médias Empresas) Brasileiras não possuem políticas de cibersegurança, tornado-as vulneráveis a incidentes de privacidade e de segurança. Saiba como melhorar suas posturas para reduzir potenciais impactos.Outros temas relevantes para você:
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O impacto dos riscos de privacidade e cibernéticos é particularmente acentuado em pequenas e médias empresas (PMEs), devido a vários fatores críticos que as tornam mais vulneráveis em comparação com grandes empresas. À medida que as ameaças cibernéticas continuam a aumentar, compreender esses riscos é essencial para que as PMEs desenvolvam estratégias eficazes de proteção.
Razões pelas quais os riscos cibernéticos são maiores para PMEs / SMBs:
1. Recursos e expertise limitados
Muitas PMEs carecem de recursos financeiros e humanos necessários para implementar medidas abrangentes de cibersegurança. Uma parte significativa dessas empresas—47% das que têm menos de 50 funcionários—não alocam nenhum orçamento para cibersegurança, deixando-as mal preparadas para defender-se contra ataques (SecureWorld). Além disso, 27% das organizações relatam a falta de pessoal qualificado para manter medidas de segurança adequadas, dificultando o estabelecimento de uma postura robusta de cibersegurança (SecurityWeek).
2. Alta taxa de alvo
As PMEs estão se tornando alvos cada vez mais interessantes para criminosos cibernéticos. De fato, 94% das PMEs já enfrentaram pelo menos um ataque cibernético, sendo que 43% de todos os ataques cibernéticos são direcionados a pequenas empresas. Os criminosos percebem as PMEs como tendo defesas mais fracas em comparação com grandes corporações, tornando-as alvos mais atraentes e fáceis para conduzir seus ataques de ransomware e phishing.
3. Consequências das violações
As implicações financeiras de uma violação cibernética podem ser devastadoras para as PMEs. O custo médio de uma violação de dados em 2024 foi de aproximadamente R$ 6,75 milhões no Brasil (IBM), o que pode ser devastador para organizações menores. Além disso, 75% das PMEs relatam que não conseguiriam continuar operando se fossem atingidas por um ataque de ransomware, destacando os graves riscos operacionais associados a incidentes cibernéticos, além de não possuírem ferramentas, pessoal e, backups eficazes. Há números e exemplos gritantes neste ponto. De acordo com estudos recentes, 60% das PMEs fecham após 6 meses de serem vítimas de um ataque hacker bem-sucedido. Um exemplo neste ponto foi a firma Sul-Coreana Youbit Cryptocurrency Exchange que, em 2017, sofreu dois ataques e foi obrigada a encerrar suas atividades por ter ido à falência e não conseguido se recuperar destes.
4. Medidas inadequadas de cibersegurança
Muitas PMEs dependem de ferramentas básicas de cibersegurança que podem não oferecer proteção suficiente contra ataques sofisticados. Por exemplo, frequentemente utilizam soluções gratuitas de segurança para consumidores em vez de ferramentas especializadas de nível empresarial, o que pode levar a vulnerabilidades exploradas por atacantes. Medidas comumente adotadas, como software antivírus e firewalls, podem não ser suficientes para combater ameaças avançadas, como ransomware ou ataques de phishing direcionados.
5. Vulnerabilidades humanas
O erro humano desempenha um papel significativo nas violações de cibersegurança, com 95% dos incidentes envolvendo algum tipo de falha humana. O phishing permanece uma ameaça prevalente, sendo responsável por 91% dos ataques cibernéticos que começam com um e-mail de phishing. Muitos funcionários em PMEs podem não ter treinamento adequado para reconhecer e responder a essas ameaças, aumentando a probabilidade de ataques bem-sucedidos.
6. Riscos de terceiros
As PMEs frequentemente dependem de fornecedores e parceiros terceirizados para diversos serviços, o que pode introduzir vulnerabilidades adicionais se essas entidades não mantiverem práticas robustas de cibersegurança. Essa interconexão significa que um único elo fraco na cadeia de suprimentos pode levar a violações significativas de segurança.
7. Desafios de conformidade regulatória
Navegar pelas regulamentações de cibersegurança pode ser particularmente desafiador para PMEs devido à limitada expertise jurídica, de conformidade e à ausência de equipes multidisciplinares especializadas em privacidade e proteção de dados. A não conformidade com regulamentações como a LGPD, a GDPR ou a CCPA pode resultar em multas substanciais, danos reputacionais e repercussões legais, adicionando outra camada de risco para essas empresas.
A combinação de recursos limitados, alta taxa de alvos, medidas inadequadas de cibersegurança e consequências significativas das violações torna as PMEs particularmente mais suscetíveis a riscos cibernéticos que as maiores empresas.
Ações sugeridas para minimizar impactos às operações das SMBs
À medida que as ameaças cibernéticas continuam a evoluir e escalar, é crucial que as pequenas e médias empresas priorizem investimentos em cibersegurança, treinamento de funcionários e planos robustos de resposta a incidentes para mitigar esses riscos de forma eficaz.
Reconhecendo suas vulnerabilidades e adotando medidas proativas, as PMEs podem se proteger melhor contra a crescente onda de ameaças cibernéticas.
1. Selecionar parceiros de negócio comprometidos com privacidade e proteção de dados
Seja para evitar ataques na cadeia de suprimentos ou para garantir que as normas de privacidade e proteção de dados estejam sendo seguidas nos fornecedores de serviço e em clientes, revisar os parceiros é uma ação primordial. É necessário também garantir que as medidas técnicas e operacionais e os critérios de execução estejam definidos em contrato, em cláusulas específicas. Se você é controlador perante a LGPD, lembre-se de que é responsável pelos erros e omissões do seu operador. E se é operador, lembre-se de que ao processar dados fora dos critérios de um contrato, equipara-o a um controlador.
2. Obter suporte de um MSP (Managed Service Provider)
Ter o apoio de equipes especializadas é fundamental. A contratação de time qualificado, mesmo que em regime part-time, pode ajudar a monitorar, prevenir e remediar ataques com maior rapidez e eficiência. Nós da Macher Tecnologia oferecemos serviços gerenciados para PMEs com planos que cabem no orçamento.
3. Investir em um DPO
Ter um DPO alocado, mesmo que part-time em sua empresa, o ajuda na avaliação de riscos além de oferecer consultoria técnica específica em privacidade e proteção de dados. Nas soluções da Macher Tecnologia, nossos times são multidisciplinares abrangendo interpretação da lei, de projeto, de tecnologia e de cybersegurança. Para as PMEs, por exemplo, nosso time pode auxiliar na escrita de processos, auditoria interna e seleção de ferramentas para melhorar as posturas de cibersegurança e de privacidade. Processos são chave para treinamentos e desenvolvimento de uma Cultura efetiva de Privacidade e Proteção de Dados.
4. Soluções de nível empresarial
Investir em soluções de tecnologia de nível empresarial é importante. Antivirus, Firewalls, Hospedagens, Soluções de Suítes de Negócio garantem um nível adicional de proteção. Para todos os serviços, sempre habilitar soluções de autenticação multifator ou passwordless.
5. Ter Backups prontos e testados
Ter backups testados e prontos para uma restauração é importantíssimo. Backups precisam ser testados para garantir a eficácia dos processos de recuperação de negócios. Ter os planos de continuidade claros também ajuda na recuperação de desastres e incidentes com maior rapidez e menor dano à operação. Uma camada adicional de recuperação de negócios – especialmente contra ransomware, são os backups imutáveis.
6. Mapear Dados, Processos e Riscos
Ter a compreensão dos riscos do negócio ajuda na alocação de investimento e esforços. Riscos gerenciados podem ser mitigados conforme priorização e apetite da organização. Mapear dados e processos é o primeiro passo de qualquer projeto de adequação à LGPD, uma vez que só é possível proteger/ajustar àquilo em que se tem visibilidade.
7. Não acreditar em fórmulas mágicas e soluções pré-definidas
Não existe adequação fácil. Nem certificação em LGPD. Nem uma solução “one size fits all”. Cada organização é única e necessita de processos e procedimentos adequados (e customizados) à sua realidade. Investir em Plano de Recuperação, Planos de Resposta a Incidentes e treinamento organizacional ajuda a diminuir a capacidade de atuação de cibercriminosos, bem como as consequências de ataques.
Se você chegou até aqui, parabéns. O seu caminho como PME / SMB não deve ter sido fácil. Portanto, proteja seu negócio. Proteja sua história. Proteja sua reputação e continuidade no mercado. O investimento em Privacidade e Proteção de dados tem retorno… e todo e qualquer investimento realizado nesta vertical será considerado mínimo frente à um ataque ou incidente de dados.
LGPD, DPO, Tratamento de Dados: Boas práticas!
Como você pode ver, a importância de contar com parceiros qualificados não pode ser minimizada.
A contratação de suporte de uma consultoria especializada pode fornecer às empresas as orientações necessárias para melhorar as posturas em relação à conformidade com as leis e regulamentações, bem como para minimizar riscos e exposições provenientes de seus processos e tratamentos de dados.
A privacidade e proteção de dados é uma atividade constante. E ela começa em você.
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